Operação policial com maior número de mortos da história tem reação do tráfico e provoca caos no Rio de Janeiro
- Léo Puglia

- 29 de out.
- 2 min de leitura

Uma megaoperação das Polícias Civil e Militar realizada ontem nos Complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio, deixou 4 policiais mortos, além de 9 agentes feridos. De acordo com a Polícia Civil, 121 suspeitos foram mortos. Quatro moradores também foram atingidos. O objetivo da ação é cumprir mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho. 81 pessoas foram presas e 93 fuzis foram apreendidos na ação, que mobilizou 2,5 mil policiais.
A ação policial entrou para a história como a mais violenta da história do estado do Rio, superando em mais do que o dobro os 28 óbitos registrados no Jacarezinho em 2021, e também pelo fato do tráfico ter usado drones para lançar explosivos contra os policiais. Fato que fez Cláudio Castro afirmar que o estado do rio não tem condições de atuar sozinho no combate ao crime organizado.
Ricardo Lewandowski, no entanto, desmentiu o governador, que disse ter tido pedido de ajuda negado pelo Governo Federal. O Ministro da Justiça afirmou que não recebeu nenhuma solicitação de apoio na operação. Lewandowski viaja hoje ao Rio com o Diretor executivo da Polícia Federal para auxiliar as Forças Policiais.
A falta de planejamento do governo do estado fez com que a operação provocasse o caos na vida da população do Rio de Janeiro. Escolas, comércios e hospitais foram fechados. Ônibus pararam de circular após criminosos bloquearem ruas, e milhões de pessoas passaram um dia de pânico sem saber se conseguiriam voltar pra casa. Muito chegaram a arriscar horas de caminhadas enquanto aconteciam assaltos e arrastões pelas ruas da cidade.





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